A vó vai dizê uma coisa que é pra vida toda, fia:
Bumerangue é bumerangue. Brinquedo de corda é brinquedo de corda.
Num confunde as duas coisa não que ocê há de sê filiz.
quinta-feira, julho 03, 2008
segunda-feira, junho 30, 2008
Um texto folhetário.
Na capa do jornal, um médico que matou um homem a queima roupa e deu 3 tiros na mulher que estava com ele. Na capa do outro jornal, um homem que foi “fatiado” quando reagiu a um assalto. Logo após ligar para sua mulher e se despedir agonizante, ele morreu. Nas outras páginas, muitas outras notinhas de olho roxo, estômago vazio, boca ensangüentada. Mas o que merece a atenção de todos é o lançamento do novo carro que alia beleza e força num evento com a presença do presidente da república. Sinceramente, parece que não tem mais jeito. Está tudo perdido de verdade. Cada um no seu mundinho. Mudando as fotos do orkut, pensando em frase pra colocar no msn ou que, pelo menos, tem assunto pro blog. O blá blá blá de que a solução é a educação e aí vem um hippie, que ainda usa o termo ‘burguesia’, falar que já tem Proúne e regime de cotas e que se o pobre quiser, entra na faculdade. E tem o moço do sinaleiro pedindo esmola e a senhora na porta do restaurante gritando fome bem na hora que seu estômago não sabe se quer carne ou frango. Mas aí você vê que seu ombro não suporta mais que sua mochila e que esse problema não é seu. O problema é do povo que vota a troco de asfalto. Mas é que você nunca morou na terra. Você só sabe o que poeira quando vai pra fazenda no fim de semana. Se você soubesse, até entenderia o povo que vota pra tirar a poeira do berço do menino e diminuir a pneumonia da senhora. Aí a classe E, depois de poder caminhar sem se sujar de terra, até pode gostar de ir pra escola todo dia. E até não ligar pro professor mal pago que vai lá e faz um mau trabalho achando que está se vingando de alguém. Mas você vai reclamar pra quem? Vai chamar os amigos e fazer a revolução? Que revolução? Não existe mais revolução, nem sonho, nem idealismo. Não existe mais nada. Existe a angústia. A angústia do que tem fome, do que precisa blindar o carro, do que precisa de um otorrino, do que faria de tudo por um ouvido. Quer saber, esquece tudo o que falei. Amanhã eu já esqueci. E vou comprar o jornal só pra ver os anúncios publicitários.
domingo, junho 29, 2008
ô
Ela apareceu de novo.
E olha que vi Olência há apenas dois textos.
Deixou anéis e dedos.
Mas levou a coragem.
Da próxima vez já não vou escrever.
Quando uma coisa acontece 11 vezes, fica banal.
E olha que vi Olência há apenas dois textos.
Deixou anéis e dedos.
Mas levou a coragem.
Da próxima vez já não vou escrever.
Quando uma coisa acontece 11 vezes, fica banal.
Assinar:
Postagens (Atom)