Na mesa, job.
Na cabeça, branco.
O monitor também em branco, me fitando.
O teclado me insultando.
Cada uma de suas teclas me pedindo para apanhar.
E eu, sem nenhuma vontade de bater.
Não sem motivo.
Sempre tive pena da mão pesada que caía sobre a criança inocente.
E aquele teclado inocente estava ali.
Sonhava em ser a ferramenta que escreveria lindas histórias.
E se remexia, com cada uma de suas letras me sugerindo um começo.
O Caps Lock ativado me dizia para começar com maiúscula.
Mais adiante, um ponto pulsava.
E o teclado, pálido, não sabia o porquê da minha inércia.
Já me havia dito para começar com maiúscula e terminar pelo ponto.
O que eu mais queria?
Ele não sabia que o problema era justamente o meio.
O meio em que eu estava.
Em meio de tanta gente, espancadoras de teclado.
E eu, com meu coração mole e fraco, não tinha coragem de bater.
E o job me fitava de novo.
E minhas mãos, sem saída, ficaram vermelhas de vergonha e de bater no inocente e sonhador teclado, que por sua vez batia no monitor, que batia no papel e tirava sua pura brancura imprimindo-lhe letrinhas sujas.
E, com o coração me batendo forte e veloz, tive que passar por aquele papel.
Enquanto minha carne se batia, o teclado tremia e tramava se jogar da janela com o monitor. Ensaiavam um final glorioso, ditado por sua mente criativa.
Mas cheguei a tempo de dizer que haviam batido o martelo.
Com um sorriso mórbido me disseram que eu havia matado o job.
Era meu primeiro jobcídeo.
E antes que eu pudesse dedicar um minuto de silêncio mental para a vítima, colocaram outra na minha mesa.
Na cabeça, branco.
O monitor também em branco, me fitando.
O teclado me insultando.
Cada uma de suas teclas me pedindo para apanhar.
E eu, sem nenhuma vontade de bater.
Não sem motivo.
Sempre tive pena da mão pesada que caía sobre a criança inocente.
E aquele teclado inocente estava ali.
Sonhava em ser a ferramenta que escreveria lindas histórias.
E se remexia, com cada uma de suas letras me sugerindo um começo.
O Caps Lock ativado me dizia para começar com maiúscula.
Mais adiante, um ponto pulsava.
E o teclado, pálido, não sabia o porquê da minha inércia.
Já me havia dito para começar com maiúscula e terminar pelo ponto.
O que eu mais queria?
Ele não sabia que o problema era justamente o meio.
O meio em que eu estava.
Em meio de tanta gente, espancadoras de teclado.
E eu, com meu coração mole e fraco, não tinha coragem de bater.
E o job me fitava de novo.
E minhas mãos, sem saída, ficaram vermelhas de vergonha e de bater no inocente e sonhador teclado, que por sua vez batia no monitor, que batia no papel e tirava sua pura brancura imprimindo-lhe letrinhas sujas.
E, com o coração me batendo forte e veloz, tive que passar por aquele papel.
Enquanto minha carne se batia, o teclado tremia e tramava se jogar da janela com o monitor. Ensaiavam um final glorioso, ditado por sua mente criativa.
Mas cheguei a tempo de dizer que haviam batido o martelo.
Com um sorriso mórbido me disseram que eu havia matado o job.
Era meu primeiro jobcídeo.
E antes que eu pudesse dedicar um minuto de silêncio mental para a vítima, colocaram outra na minha mesa.
2 comentários:
Oi Su!
Bem legal para quem diz precisar se esforçar para escrever! :)
Bjim!
isso foi muito bom
me vi escrevendo
tentando escrever né
tentando matar um job
espancando o teclado
eheheh
bommmmm
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