Dado jogado caindo no 6, olha mais perto e vê que é um 3.
Olha o relógio, o ponteiro dispara.
O peito diz: pára.
O sangue corre, as veias tão véias já não dão vazão.
O relógio se adianta, o corpo diz não.
Rotina rente a retina.
Menina dos olhos, para abri-lo os fechou.
Olheiras e olheiros por toda parte.
Um tapinha nas costas. Um prego no peito.
No meio do caminho um pedro, em paulo, um bastião.
E o corrimão virou pedra, no caminho um tropeção.
Trim trim.... tum tum... tum tum...
Na multidão, uma voz estranha canta sua música de ouvir só.
Os tímpanos pulsam forte e as cordas vocais enforcam.
Um cronômetro estampado na testa. Não perder um segundo. E é só que resta.
On. Off. Start. Reset. Resista.
Dado jogado. Preencher o branco e a vida talvez.
Escrever sem rascunho. Sentir vida nos punhos.
Jogar o dado outra vez.
Um comentário:
Perfecto Su! Parabéns moça, mais um belo texto digno de Sussy!
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