As vezes vejo a loucura se aproximando. Ela tem cabelos cinzas, muito bagunçados. Seus olhos são cheios de desespero e vejo que ela vem chegando como quem não volta mais, como quem fica. E aí ela desaparece como minha imaginação. No fundo eu temo que ela um dia venha com suas malas mal feitas e revire meus armários, jogando abaixo tudo que estava guardado nas gavetas da minha lucidez. E nesse dia vou poder perder a fome de coragem e ficar exilada em mim. Mas por enquanto tranco bem as portas, ainda é uma opção.
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